Deslumbrados os discípulos exclamaram
em alta voz: “Que homem é este, que até
os ventos e o mar lhe obedecem?” (Leia Mateus 8.23-27). Essa era a
indagação daqueles homens que testemunharam um fenômeno um tanto quanto curioso
e sobrenatural para o entendimento humano.
Naquela época e até hoje não existe
métodos que sejam aptos para cessar, em segundos, uma grande tempestade no mar
causada pelos ventos fortes. É evidente que o ser humano não possui meios para
dominar os fenômenos da natureza. Diante disso, quem seria este homem que usando
apenas as palavras foi capaz de dominar os acontecimentos naturais?
Talvez aqueles que testemunharam
esse ocorrido estavam imersos numa alucinação, aquela sensação mórbida
produzida por algo inexistente. Afinal, partindo da ótica humana, um simples
homem não teria a capacidade de controlar uma tempestade. Não, não teria... Ou será
que teria?
Porém, existiu um homem simples a quem ninguém
dava valor, o qual não aparentava nenhuma majestade que pudesse atrair as
pessoas. Este mesmo realizou e ainda realiza muitos feitos milagrosos e
incompreensíveis pelas pessoas. Quem afinal é esse homem?
A respeito Dele, Pedro afirmou: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus
16.16). Este homem tem por nome Jesus Cristo, o qual é formado pelo prenome
Jesus e pelo seu título Cristo. O prenome Jesus é a forma como as pessoas O invocam
de modo pessoal e íntimo; vem do grego “Salvador”, representando Sua obra como
Filho do Deus vivo que se fez homem no mundo, objetivando o resgate da
humanidade pecadora. Já o seu título vem do grego “Ungido” e do hebraico
“Messias”, o qual era aguardado por todo o povo israelita para salvar o seu
povo.
O texto de Isaías 9.6 declara de
forma perfeita e plena o verdadeiro caráter de Jesus: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está
sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus
Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.
Na antiguidade era costume carregar
artefatos no ombro. No novo testamento vemos alguns exemplos de pessoas
carregando o cântaro – vaso para beber dos antigos gregos e romanos, provido de
duas grandes asas. Deus ilustrou (através do profeta Isaías) perfeitamente a
autoridade de Jesus Cristo nesta passagem bíblica acima: O Filho do Deus vivo,
carrega em seus ombros todo o governo (ou principado).
O próprio Jesus afirmou: “É-me dado todo o poder no céu e na terra”
(Mateus 28.18). O governo do universo foi dado a Jesus, portanto Ele é a cabeça
de todo o principado e potestade, como bem descreve Paulo na carta endereçada a
Igreja em Colossos (Colossenses 2.10).
F.F. Bruce (Teólogo escocês) define
autoridade como poder ou direito de agir, particularmente de dar ordens e de se
fazer obedecer. A maneira como a palavra autoridade é bem empregada na Bíblia,
normalmente significa o direito conferido a uma pessoa para fazer determinadas
coisas em função do cargo ou da posição que ocupa.
Jesus é Maravilhoso Conselheiro,
possui autoridade tanto para realizar obras como para aconselhar. Suas obras e
Seus conselhos são admiráveis e altamente confiáveis.
Jesus é Deus Forte (Todo Poderoso),
portanto, a Sua autoridade é absoluta e incondicional. Ele tem autoridade sobre
a natureza, sobre a história, assim como poder para lançar no inferno (Lucas
12.5).
Jesus é o Pai da eternidade, em
outras palavras, Ele é o autor da eternidade; o princípio e o fim (Apocalipse
22.13). Jesus certa vez, sendo contrariado pelos judeus, respondeu a eles que “antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João
8.58). Ora, Abrãao existiu entre 2000 e 1850 a.C., mas Jesus já existia antes
mesmo do Seu nascimento virginal na terra.
Jesus é o Príncipe da Paz, “porque ele é a nossa paz, o qual de ambos
os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua
carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em
ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e
pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as
inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos
que estavam perto; porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo
Espírito” (Efésios 2.14-18). Jesus foi feito Chefe reinante de todos os principados,
portanto a autoridade de nos proporcionar a paz estava sobre Ele.
Este homem a quem os discípulos
indagaram é o Filho Unigênito do Pai e o Filho do Homem, neste sentido Ele é 100%
Deus e 100% Homem. Sua divindade e Sua humanidade estão em unidade indissolúvel
e o Seu caráter pleno de excelência é uma realidade historicamente comprovada. Sua
deidade é testemunhada na Palavra (Sagradas Escrituras), é provada pelos Seus
nomes (como foi dito no livro de Isaías e em outras passagens bíblicas) e Seus
atributos divinos são provados mediante Suas obras. A humanidade de Jesus foi
demonstrada através do Seu corpo físico, o qual foi concebido, se sujeitou ao
crescimento normal, foi exaustivamente visto e tocado, sentiu fome, sede, viveu
emoções tanto de alegria como tristeza e entre outros aspectos.
Pensando bem, após responder a
pergunta dos discípulos, é possível compreender que aqueles homens não estavam
loucos, todavia, estavam diante do Homem que tem por nome Emanuel, que
traduzido quer dizer Deus conosco (Mateus 1.23), O qual possui a autoridade e o
poder para dominar até mesmo os fenômenos da natureza.
O Homem que até os ventos e o mar
lhe obedecem é aquele “que, sendo em
forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si
mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na
forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de
cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é
sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que
estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que
Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.6-11).
Este mesmo Homem, o Emanuel (o Deus
conosco) está hoje no barco da sua vida, porque Ele mesmo garantiu que estaria
conosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mateus 28.20).
Seu nome é exaltado eternamente
porque Dele pertence toda a autoridade, então diante dos seus pés, todos nós
devemos nos render. Não adianta você continuar vivendo como se a presença Dele
não fosse real. Se você ainda não entregou a sua vida a Cristo para que Ele
seja seu Senhor, o que você esta esperando? Respire fundo nesse momento. Se
você tem o fôlego de vida é sinal que o Autor da Vida está te oferecendo mais
uma chance de se voltar a Ele.
Quando você entregar o seu coração a
Cristo, irá perceber que Ele é tudo o que você está procurando. Quando buscamos
as coisas passageiras e terrenas não somos saciados, mas quando buscamos Aquele
cuja essência é eterna somos preenchidos, afinal somente o Pai da Eternidade
pode nos completar, porque somos totalmente dependentes Dele.
Existem coisas que somente Jesus tem
a autoridade para fazer, assim como somente Jesus poderia acalmar aquela
tempestade.
Daniel declarou: “Seja bendito o nome de Deus de eternidade a
eternidade, porque dele são a sabedoria e a força; e ele muda os tempos e as
estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios
e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o
que está em trevas, e com ele mora a luz” (Daniel 2.20-22).
Se renda a Jesus, não seja como
aquelas pessoas que estavam ouvindo as palavras e não acreditaram alegando
serem duras demais. Creia, e assim como Pedro confesse que Jesus é o Cristo, o Filho
do Deus vivo!