terça-feira, 9 de setembro de 2014

Jesus, quem é este?

Deslumbrados os discípulos exclamaram em alta voz: “Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Leia Mateus 8.23-27). Essa era a indagação daqueles homens que testemunharam um fenômeno um tanto quanto curioso e sobrenatural para o entendimento humano.
Naquela época e até hoje não existe métodos que sejam aptos para cessar, em segundos, uma grande tempestade no mar causada pelos ventos fortes. É evidente que o ser humano não possui meios para dominar os fenômenos da natureza. Diante disso, quem seria este homem que usando apenas as palavras foi capaz de dominar os acontecimentos naturais?
Talvez aqueles que testemunharam esse ocorrido estavam imersos numa alucinação, aquela sensação mórbida produzida por algo inexistente. Afinal, partindo da ótica humana, um simples homem não teria a capacidade de controlar uma tempestade. Não, não teria... Ou será que teria?
Porém, existiu um homem simples a quem ninguém dava valor, o qual não aparentava nenhuma majestade que pudesse atrair as pessoas. Este mesmo realizou e ainda realiza muitos feitos milagrosos e incompreensíveis pelas pessoas. Quem afinal é esse homem?
A respeito Dele, Pedro afirmou: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16.16). Este homem tem por nome Jesus Cristo, o qual é formado pelo prenome Jesus e pelo seu título Cristo. O prenome Jesus é a forma como as pessoas O invocam de modo pessoal e íntimo; vem do grego “Salvador”, representando Sua obra como Filho do Deus vivo que se fez homem no mundo, objetivando o resgate da humanidade pecadora. Já o seu título vem do grego “Ungido” e do hebraico “Messias”, o qual era aguardado por todo o povo israelita para salvar o seu povo.
O texto de Isaías 9.6 declara de forma perfeita e plena o verdadeiro caráter de Jesus: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.
Na antiguidade era costume carregar artefatos no ombro. No novo testamento vemos alguns exemplos de pessoas carregando o cântaro – vaso para beber dos antigos gregos e romanos, provido de duas grandes asas. Deus ilustrou (através do profeta Isaías) perfeitamente a autoridade de Jesus Cristo nesta passagem bíblica acima: O Filho do Deus vivo, carrega em seus ombros todo o governo (ou principado).
O próprio Jesus afirmou: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mateus 28.18). O governo do universo foi dado a Jesus, portanto Ele é a cabeça de todo o principado e potestade, como bem descreve Paulo na carta endereçada a Igreja em Colossos (Colossenses 2.10).
F.F. Bruce (Teólogo escocês) define autoridade como poder ou direito de agir, particularmente de dar ordens e de se fazer obedecer. A maneira como a palavra autoridade é bem empregada na Bíblia, normalmente significa o direito conferido a uma pessoa para fazer determinadas coisas em função do cargo ou da posição que ocupa.
Jesus é Maravilhoso Conselheiro, possui autoridade tanto para realizar obras como para aconselhar. Suas obras e Seus conselhos são admiráveis e altamente confiáveis.
Jesus é Deus Forte (Todo Poderoso), portanto, a Sua autoridade é absoluta e incondicional. Ele tem autoridade sobre a natureza, sobre a história, assim como poder para lançar no inferno (Lucas 12.5).
Jesus é o Pai da eternidade, em outras palavras, Ele é o autor da eternidade; o princípio e o fim (Apocalipse 22.13). Jesus certa vez, sendo contrariado pelos judeus, respondeu a eles que “antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8.58). Ora, Abrãao existiu entre 2000 e 1850 a.C., mas Jesus já existia antes mesmo do Seu nascimento virginal na terra.
Jesus é o Príncipe da Paz, “porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto; porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito” (Efésios 2.14-18). Jesus foi feito Chefe reinante de todos os principados, portanto a autoridade de nos proporcionar a paz estava sobre Ele.
Este homem a quem os discípulos indagaram é o Filho Unigênito do Pai e o Filho do Homem, neste sentido Ele é 100% Deus e 100% Homem. Sua divindade e Sua humanidade estão em unidade indissolúvel e o Seu caráter pleno de excelência é uma realidade historicamente comprovada. Sua deidade é testemunhada na Palavra (Sagradas Escrituras), é provada pelos Seus nomes (como foi dito no livro de Isaías e em outras passagens bíblicas) e Seus atributos divinos são provados mediante Suas obras. A humanidade de Jesus foi demonstrada através do Seu corpo físico, o qual foi concebido, se sujeitou ao crescimento normal, foi exaustivamente visto e tocado, sentiu fome, sede, viveu emoções tanto de alegria como tristeza e entre outros aspectos.
Pensando bem, após responder a pergunta dos discípulos, é possível compreender que aqueles homens não estavam loucos, todavia, estavam diante do Homem que tem por nome Emanuel, que traduzido quer dizer Deus conosco (Mateus 1.23), O qual possui a autoridade e o poder para dominar até mesmo os fenômenos da natureza.
O Homem que até os ventos e o mar lhe obedecem é aquele “que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.6-11).
Este mesmo Homem, o Emanuel (o Deus conosco) está hoje no barco da sua vida, porque Ele mesmo garantiu que estaria conosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mateus 28.20).
Seu nome é exaltado eternamente porque Dele pertence toda a autoridade, então diante dos seus pés, todos nós devemos nos render. Não adianta você continuar vivendo como se a presença Dele não fosse real. Se você ainda não entregou a sua vida a Cristo para que Ele seja seu Senhor, o que você esta esperando? Respire fundo nesse momento. Se você tem o fôlego de vida é sinal que o Autor da Vida está te oferecendo mais uma chance de se voltar a Ele.
Quando você entregar o seu coração a Cristo, irá perceber que Ele é tudo o que você está procurando. Quando buscamos as coisas passageiras e terrenas não somos saciados, mas quando buscamos Aquele cuja essência é eterna somos preenchidos, afinal somente o Pai da Eternidade pode nos completar, porque somos totalmente dependentes Dele.
Existem coisas que somente Jesus tem a autoridade para fazer, assim como somente Jesus poderia acalmar aquela tempestade.
Daniel declarou: “Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força; e ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz” (Daniel 2.20-22).
Se renda a Jesus, não seja como aquelas pessoas que estavam ouvindo as palavras e não acreditaram alegando serem duras demais. Creia, e assim como Pedro confesse que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo!