quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A loucura da Cruz


A crucificação, utilizada na antiguidade para condenar criminosos, era uma forma de morte cruel, uma vez que expunha de maneira humilhante aqueles que eram pregados no madeiro. Além do mais, nenhum órgão vital era afetado e nem sangramentos excessivos eram causados, mas a morte era longa e lenta, acarretando na maioria das vezes a morte por asfixia.
As Escrituras afirmam que qualquer um que fosse pendurado num madeiro seria maldito de Deus, como descreve em Deuteronômio 21.22-23. O corpo era amaldiçoado por Deus não por ter sido pendurado num madeiro propriamente dito, mas pelo indivíduo ter atraído para si à ira de Deus, por consequência de seu pecado.
Desde a queda de Adão, quando o pecado entrou na natureza humana, foi prometido que o Messias – palavra hebraica que significa o “Ungido”, a qual corresponde à palavra grega “Christos” – viria para restabelecer a comunhão de Deus com os seres humanos, a qual foi perdida com a queda.
Mas, quando Jesus veio a esta terra, fora condenado à morte por crucificação. E a interrogação da questão é: Por que o Filho de Deus, o grande Messias, o Rei esperado, cuja vida não apresentava crime, fora condenado à morte, e morte de cruz?
I Coríntios 1.18-25 “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal*, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
Diante destes versículos, vemos que Deus colocou o mundo todo sob uma grande provação da fé.
Os judeus afirmavam que nenhum sinal da messianidade de Jesus tinha sido apresentado, visto que estes pediam por sinais do poder de Deus e Jesus recusou várias vezes atender esse pedido, exceto quando predisse a própria ressurreição. Além do mais, um Messias crucificado pelos opressores romanos parece um obstáculo insuperável para os judeus, pois esperavam um Messias com poderes políticos e militares extraordinários que pudesse restaurar o governo a Israel e que trouxesse a paz à terra.
Os gregos escarneciam de uma divindade que, a seus olhos, não tinha a sabedoria filosófica e o poder para salvar a si mesmo da condenação: à morte de cruz. Acreditavam que a partir da aquisição do conhecimento aumentariam o controle que exerciam sobre o meio em que viviam e confiavam na suposição de que mediante a sabedoria seria possível ter um contato com Deus, ter os pecados perdoados ou mesmo atingir o máximo de entendimento. Esta atitude é conhecida como gnosticismo, a qual se constitui inimiga do Evangelho.
Para os legalistas (os que vivem segundo a Lei), os quais insistem em tentar obter a justificação de seus pecados ou merecer os favores de Deus por meio da prática metódica de leis, rituais e boas obras; a mensagem da cruz é um delírio. Assim desprezam a Graça de Deus e mergulham na condenação e maldição da Lei.
Mas diante de todas essas controvérsias a respeito de Jesus, nas Escrituras é possível observar que todas as profecias que qualificavam o Messias foram cumpridas em Jesus, assim, não há argumentos contra a Sua messianidade.
Aos olhos da razão humana é uma loucura imaginar que na cruz, simbolo da morte, encontraríamos vida, porém é necessário enxergar com os olhos da fé a Graça salvadora de Cristo na cruz do Calvário.
Cristo tornou-se amaldiçoado e tomou sobre si à ira de Deus que deveria ter recaído sobre nós, a fim de nos redimir da maldição a que estávamos condenados pela Lei, visto que todo ser humano é incapaz de guardar e cumprir com perfeição os mandamentos do Senhor. 
Gálatas 3.13 "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”.
Portanto, o Evangelho não tem apenas a capacidade de instruir e educar, mas o poder de transformar a vida de qualquer ser humano que crê em Jesus, o qual mediante a Graça de Deus o torna santo, através da ação contínua do Espírito Santo, e livre para viver uma vida em fé e não mais debaixo da Lei.
Pois bem, agora é possível responder a pergunta que foi colocada inicialmente. Pelas nossas transgressões mereceríamos a morte como pagamento pelo pecado, mas Jesus tomou a cruz que nos era digna e nos agraciou com a vida eterna. 
Romanos 6.23 “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”.
Então, Jesus foi condenado à morte de cruz para morrer em nosso lugar e nos remir de toda a condenação, a fim de nos transportar das trevas para o Seu Reino de amor. 
Na presença da cruz toda a sabedoria humana é aniquilada e o Poder e a Graça de Deus são derramados, para que diante de Cristo se dobre todo joelho, pois somente Ele é digno de glória. 

Na presença da cruz há confiança, arrependimento, conversão e salvação.
Neste momento, diante de toda essa exposição a respeito do poder de Deus na mensagem da cruz, convido você a fazer uma reflexão a respeito da sua vida e dos conceitos que a regem.  
O que a cruz de Cristo representa para você, loucura ou poder de Deus?
Quem é você diante da cruz de Cristo?
Assim como os judeus, que pedem sinais do poder de Deus para obterem a provação necessária de que Cristo é o verdadeiro Senhor?
Pois afirmo que a maior prova já nos foi dada, como descreve: João 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Ou será que, assim como os gregos, você confia nas ideias filosóficas cujo ceticismo (ausência de qualquer tipo de crença) faz com que você negue a Deus completamente e adote a sabedoria como fonte de vida?
Ou ainda, como os legalistas que acreditam na sua própria capacidade em cumprir as ordenanças e confiam nas suas boas obras?
Jeremias 17.5-6 “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne (da humanidade mortal) o seu braço (a sua força e motivação), e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira (arbusto) no deserto, e não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável”.
Seja quem você for e seja qual for sua posição, se achegue aos pés das cruz.
Creia! Porque somente crendo, você alcançará o poder de Deus para a salvação. Arrependa, deixe para trás tudo aquilo que não constitui o Evangelho verdadeiro e se converta a mensagem da cruz. Somente esta mensagem tem poder para transformar sua vida em Cristo Jesus, nosso Salvador.


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Só o Senhor é Deus!



É comum acharmos que estamos totalmente no controle da nossa vida nas diversas áreas: profissional, familiar, sentimental, espiritual, física etc., até quando um pequeno detalhe foge daquilo que esperávamos, o qual é suficiente para revelar a nossa pequenez, sem considerar os maiores que demonstram ainda mais o quanto somos dependentes de Deus.

Engraçado que quando tudo está caminhando de acordo com os nossos planos pouco nos lembramos d'Aquele que sustenta todas as coisas pela palavra de Seu poder (leia Hebreus 1.3). Mas quando uma circunstância adversa nos alcança o primeiro clamor, de muitos de nós, se dirige a Deus.

Por outro lado, o orgulho de muitos outros os impede de voltar a Deus, pois o ego diz em voz alta o quanto são sábios e fortes para manter em controle cada situação. Grande ilusão!

Jeremias 9.23-24 “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor”.

O mal do orgulho é ponderarmos nossas características e qualidades como superiores e termos o sentimento excessivo com relação a nossa capacidade de nos manter em perfeita condição, perante as diversas fases que a vida nos impõe.

O comportamento do orgulhoso despreza as outras pessoas e principalmente a Deus, visto que ele age totalmente independente e distante dos conselhos e da Palavra de Deus.

Em toda a narrativa bíblica, vemos que todos aqueles que tiveram atitudes soberbas receberam o duro juízo de seu pecado. É na altivez de coração que se esconde o perigo, pois aquele que possui atitudes presunçosas escreve seu próprio fim, observe:

Provérbios 16.18 A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda”.
            
Aquele que assim se comporta, tem a si mesmo como senhor da sua vida, uma vez que acredita ter total domínio sobre tudo, sabedoria e capacidade para lidar com os momentos de bonança e resolver os problemas que enfrenta nos momentos de tribulação.
            
Estes se recusam a dar ouvidos a voz do Senhor confiando em si mesmos, mas tal atitude acarreta em maldição, veja:

Jeremias 17.5-6 “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne (da humanidade mortal) o seu braço (a sua força e motivação), e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira (arbusto) no deserto, e não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável”.

Acaso seria o homem mais forte, sábio e poderoso do que o Criador?
            
Não há características humanas que se comparam aos atributos de Deus. Somente Deus se qualifica como Senhor. Sua sabedoria, força e poder são inigualáveis e infinitos, portanto, não há limites para Teu agir.
            
Ao Senhor dos senhores (veja Deuteronômio 10.17, Salmos 136.3, I Timóteo 6.15, Apocalipse 17.14 e Apocalipse 19.16), devemos nos render, porque a Ele pertence esta autoridade.
            
Ao Rei dos reis (veja I Timóteo 6.15 e Apocalipse 19.16), devemos nos submeter, porque seu governo é soberano, justo e pacífico.
            
Ao Todo Poderoso (veja Gênesis 17.1, Jó 5.17, Jó 11.7, Jó 22.23 e II Coríntios 6.18), devemos nos curvar, andando em Seu caminho perfeito, pois com Seu grandioso poder é capaz de nos sustentar.
            
Ao Libertador (veja II Samuel 22.2, Salmos 18.2 e Romanos 11.26), devemos clamar, porque somente n’Ele temos o verdadeiro livramento do perigo e das situações contrárias da vida.
            
Ao Salvador (veja II Samuel 22.3, Isaías 43.11, Lucas 1.47, I João 4.14 e Judas 1.25), devemos gritar por socorro, porque Ele é capaz de nos tirar de todas as situações críticas. Ele é o único que entregou Sua própria vida para nos salvar do império das trevas, nos transportando para o reino do Filho do Seu amor. (João 3.16 e Colossenses 1.13-14).
            
Deus é o ser existente por sí mesmo, Único, Eterno, Infinito, Imortal, Imutável, Supremo, Onipotente, Onisciente, Onipresente, Criador e Conservador do universo. A Ele, devemos tributar toda a honra, pois somente o Senhor é digno de glória. Logo, devemos nos humilhar a Sua majestade todos os dias.  

I Timóteo 1.17 “Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém”.
            
Quem somos nós diante da grandeza de Deus?
            
Limitados, mortais e dependentes. Não somos capazes de acrescentar uma medida sequer a nossa vida (leia Lucas 12.25-28). Nem mesmo os recursos avançados da medicina são capazes de fornecer saúde e vida aos seres humanos, visto que, apenas Deus possui o título verdadeiro de Doador da vida (leia Gêneses 1.27, Gêneses 2.7 e Jó 33.4).
            
Mediante a fraqueza humana e a grandeza de Deus, se dobre diante d’Ele. Não se engane com seus próprios recursos, antes reconheça sua pequenez e sua dependência ao Senhor. Não se faça senhor da sua vida, entregue esta autoridade a quem é digno.

Jeremias 17.7-8 Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto”.
            
Confie, a Deus pertence o senhorio!              

terça-feira, 25 de junho de 2013

O culto aceitável a Deus


Salmos 15.1-5 “Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo, que de coração fala a verdade e não usa a língua para difamar, que nenhum mal faz ao seu semelhante e não lança calúnia contra o seu próximo, que rejeita quem merece desprezo, mas honra os que temem ao Senhor, que mantém a sua palavra, mesmo quando sai prejudicado, que não empresta o seu dinheiro visando lucro nem aceita suborno contra o inocente. Quem assim procede nunca será abalado!
A palavra “culto” é empregada no meio evangélico como a liturgia celebrada nos templos, o que nos leva a ter uma visão distante do verdadeiro significado da palavra em questão.
Culto abrange muito mais do que uma celebração. Culto é um ato devocional feito a Deus constantemente.
É uma adoração diária ao Senhor, com suas palavras e com sua conduta de vida, ou seja, é dedicar-se diariamente, manifestando sua crença em todos os papéis desenvolvidos na sociedade, como filho, pai, mãe, aluno, professor, empregado, patrão, amigo etc.
Vai muito além das quatro paredes da igreja institucionalizada: prestar culto é um hábito diário! É em todo tempo e em todo lugar.
Portanto, o culto que oferecemos a Deus e por sua vez, chega como um cheiro agradável às narinas do Senhor é aquele que fazemos com o coração sincero, expressando uma verdadeira adoração.
É quando nossas palavras expressam a essência do nosso ser, sem engano e mentira. De nada adianta levantarmos nossas mãos em adoração e proferirmos palavras em homenagem a Deus na igreja – no culto cerimonial – se nossas práticas cotidianas não condizem com o que exercemos na igreja.

Cultue a Deus com sua vida diária!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Recarregue sua bateria




Uma tomada elétrica é o ponto de conexão que fornece a eletricidade principal a um plugue conectado a ela. Imaginemos um celular quando está com a bateria fraca. Nós o conectamos através do cabo carregador a uma tomada elétrica, para fortalecer a bateria, e, então o usamos. Caso não o carregarmos a tempo, a bateria acabará e o celular se tornará inutilizado, até que a bateria seja carregada novamente.

A tomada, nesta ilustração, é representada por Deus. Ele fornece toda a força para nos sustentar durante nossos dias. Deus é capaz de carregar “nossa bateria” proporcionando vigor a fim de nos manter fortes e vivos.

Isaías 40.28-31 Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão, mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão”.

Se você está se sentindo fraco, com a fé amortecida, sem motivação e ânimo para viver nas coisas de Deus, RECARREGUE SUA BATERIA!

Quando estamos fracos na fé devemos nos conectar a tomada, chamada Deus, através do cabo carregador que é Jesus Cristo! Somente em Cristo podemos ter acesso ao Pai, para estarmos conectados a Ele.

I Timóteo 2.5 “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem”.

João 14.6 “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”.

Cuidado! Se conectarmos o carregador indevidamente (em lugares impróprios) acarretará em sérios danos ao celular.

Salmos 52.1-9 “Por que te glorias na malícia, ó homem poderoso? Pois a bondade de Deus permanece continuamente. A tua língua intenta o mal, como uma navalha amolada, traçando enganos. Tu amas mais o mal do que o bem, e a mentira mais do que o falar a retidão. Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta. Também Deus te destruirá para sempre; arrebatar-te-á e arrancar-te-á da tua habitação, e desarraigar-te-á da terra dos viventes. E os justos o verão, e temerão: e se rirão dele, dizendo: Eis aqui o homem que não pôs em Deus a sua fortaleza, antes confiou na abundância das suas riquezas, e se fortaleceu na sua maldade. Mas eu sou como a oliveira verde na casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para sempre, eternamente. Para sempre te louvarei, porque tu o fizeste, e esperarei no teu nome, porque é bom diante de teus santos”.

Onde você tem se conectado?

Do que você tem se alimentado?

Não faça do mundo, do governo, das pessoas, do seu coração, das riquezas a sua fortaleza. 

Somente Deus se constitui como fortaleza da nossa vida, veja:

Salmos 62.7 “Em Deus está a minha salvação e a minha glória; a rocha da minha fortaleza, e o meu refúgio estão em Deus”.

Provérbios 18.10Torre forte é o nome do SENHOR; a ela correrá o justo, e estará em alto refúgio”. 

Salmos 27.1 “O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O SENHOR é a força da minha vida; de quem me recearei?”

Lembre-se que é uma atitude sua, o celular não carrega sozinho. Você que precisa se conectar ao Pai.

Se ligue em Deus, somente Ele é a fonte que nos sustenta. Se envolva com o Senhor, medite em Sua Palavra, O busque de todo seu coração, e Ele te fortalecerá!

domingo, 28 de abril de 2013

Desperte!



Mateus 24.37-39 “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem”.

Jesus em seu sermão profético destaca sinais da consumação do século e da sua vinda, embora que somente o Pai possua o conhecimento do dia e a hora exata de seu retorno, Cristo descreve o contexto geral desse tempo. Um desses sinais é que exatamente como foi nos dias de Noé assim será o dia da vinda de Cristo.

Portanto, precisamos estar atentos ao contexto em que Noé vivia, para discernirmos o tempo pelo qual Jesus alertou que ainda há de se cumprir, a fim de estarmos preparados para ele. O objetivo não é marcar o dia, mas de nos prevenirmos para não sermos apanhados de surpresa e ficarmos para trás, assim como as pessoas no tempo de Noé.

Meditando neste texto bíblico, observamos que a expressão usada por Cristo “comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento”, indica os costumes pelos quais a humanidade estava e ainda está habituada, ou seja, revela os cuidados da vida.

Mas o que há de errado com isso?

A princípio parece não haver problema, já que são aspectos de caráter humano e de seu cotidiano, e, realmente não há, quando o fazemos segundo a Bíblia. Porém, a questão chave é estarmos tão ocupados cuidando da nossa vida, buscando saciar nossas necessidades e vontades carnais, de tal modo que esquecemos ou não damos ouvidos àquele que nos orienta segundo a vontade do Senhor.

O perigo é estarmos envolvidos com nossa vida a tal ponto de ficarmos surdos quanto à voz de Deus. Agindo dessa forma corrompemos nosso caminho na terra, segundo nossas concupiscências, as quais nos distanciarão cada vez mais do Senhor e, então, não perceberemos que a arca está a nossa frente, bastando apenas entrarmos em sua porta. Veja:

Lucas 21.34 “E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia”.

Será que nos encontramos despercebidos como essas pessoas nos dias de Noé? Reflita sobre sua vida nesse momento.

Fique atento as pessoas de Deus que estão a sua volta, a vida delas e o que elas fazem apontam para a pretensão do Senhor. Noé entrou na arca e as pessoas não perceberam, só foram cair em si quando o dilúvio veio sobre a terra, mas já era tarde demais.

Imagino que muitos escarneciam de Noé, quanto a sua postura reta diante dos olhos de Deus e quando este estava construindo a arca. Talvez dissessem que ele era louco, riam e zombavam, não criam que um dilúvio viria sobre a terra. Poderiam achar que Noé estava perdendo seu tempo e sua vida ao ouvir a voz de Deus e obedecê-lo. Mas não podiam imaginar que Noé estava construindo o livramento dado por Deus para os acontecimentos que viriam.

Talvez você se encontra nessa posição, como estas pessoas incrédulas àquilo que a Palavra de Deus revela ou àquilo que os homens e as mulheres de Deus dizem. Você olha para os cristãos e acha que estes são loucos ou fanáticos, entende que estão perdendo (Leia Mateus 10.39) suas vidas andando em santidade, em devoção a Deus e obedecendo aos mandamentos. Mas a verdade é que estes cristãos estão construindo sua vida na arca, que é a presença de Deus, única capaz de nos livrar dos acontecimentos vindouros.

A palavra de Deus dita a Noé se cumpriu. E é claro que, a palavra de Jesus também se cumprirá em breve.

Marcos 13.31 “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão”. 

Observe esta passagem:

Gênesis 6.11-12 “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra”.

Os dias de Noé não são diferentes dos dias em que vivemos atualmente. Similarmente, vemos a humanidade tão próxima da corrupção, ao passo que se distancia cada vez mais do caminho estabelecido pelo Senhor. A maldade do homem vem se multiplicando de forma tal que as notícias trágicas estão inseridas em nosso contexto diário e os dados estatísticos de violência apontam para esse fato.

A taxa de homicídios no Brasil indica esse fato em questão, que dobrou em 30 anos. Nesse período, o país ultrapassou a marca de 1 milhão de vítimas de homicídio segundo dados do Mapa da Violência 2012. O número de homicídios passou de 13,9 mil em 1980 para 49,9 mil em 2010, o que representa um aumento de 259%, equivalente a 4,4% de crescimento ao ano. Com o crescimento da população nesses 30 anos, a taxa de homicídios passou de 11,7 em cada grupo de 100 mil habitantes em 1980 para 26,2 em 2010.
[Fonte: http://mapadaviolencia.org.br/mapa2012.php, acesso em 17 de abril de 2013].

É bem certo que a ocorrência da violência e a maldade do homem aumentariam em nossos dias, uma vez que Jesus afirmou que por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos se esfriaria (Mateus 24.12). É exatamente o que observamos em geral: pessoas envolvidas em suas concupiscências, cheias de si, egoístas e que passam por cima de tudo e de todos para alcançar seus desejos, abandonando as práticas de amor para com Deus e consequentemente para com o próximo.

A violência e a maldade é o sintoma do pecado na humanidade.

Além do alerta citado anteriormente sobre as pessoas estarem presas em seus costumes habituais, este sinal de corrupção e maldade nos mostra o contexto em que a humanidade estará inserida na volta de Cristo. Precisamos conhecer esse tempo para ficarmos vigilantes. Veja:

Marcos 13.29 “Assim também vós, quando virdes sucederem estas coisas, sabei que já está perto, às portas”. 

Marcos 13.35-37 “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai”.

O que fez de Noé diferente das demais pessoas para que este alcançasse o favor de Deus?

Gênesis 6.8-9 “Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR. Eis a história de Noé. Noé era homem justo e íntegro entre seus contemporâneos; Noé andava com Deus”.

Noé era um homem justo, ou seja, sua vida era conforme a justiça, ele possuía virtude moral que inspirava o respeito às outras pessoas. Noé era íntegro, possuía uma vida reta e incorruptível diante de Deus. O que fez dele diferente das demais pessoas era sua conduta de vida, a qual revelava que ele andava com Deus.

Andar com Deus não consiste em palavras. É uma ação. Andar com Deus é proceder conforme o caminho que se segue. Andar é um movimento físico, mas andar com Deus é um movimento espiritual.

Noé tinha uma vida digna de honra a Deus e andava em Espírito.

Paulo em sua epístola aos Gálatas nos adverte a andarmos em Espírito. Veja:

Gálatas 5.16 “Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne”.

Ao contrário de Noé, as demais pessoas andavam na carne. Veja:

Gênesis 6.3 “Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos”. 

Aqueles que andam na carne não podem agradar a Deus e, portanto não alcançarão nada n’Ele. Veja:

Romanos 8.8 “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”.

O que é andar segundo a carne e segundo o Espírito?

Andar segundo a carne é cumprir as obras da carne, tais como a prostituição, a impureza, afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; ira, cólera, malícia, maledicência, palavras torpes da boca, mentira.

Andar segundo o Espírito é mortificar as obras da carne, revestindo como eleito de Deus, santo e amado, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade. É suportar uns aos outros, perdoar uns aos outros, e sobre tudo revestir de amor (Leia Colossenses 3).

Veja alguns versos bíblicos a respeito da carne e espírito:

Romanos 8.6 “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz”.

Romanos 8.13 “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis”.

Vemos que a inclinação da carne leva a morte, foi exatamente o que aconteceu com as pessoas nos dias de Noé. O dilúvio veio e destruiu a todos. Noé, porém, andava com Deus e foi privado pelo próprio Deus da destruição.

Um ponto se faz relevante destacar: Deus estabelece aliança com aquele que anda com Ele. Veja:

Gênesis 6.18 “Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo”. 

Gênesis 9.9-11 “E eu, eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência depois de vós. E com toda a alma vivente, que convosco está, de aves, de gado, e de todo o animal da terra convosco; com todos que saíram da arca, até todo o animal da terra. E eu convosco estabeleço a minha aliança, que não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio, e que não haverá mais dilúvio, para destruir a terra”. 

A vida reta de Noé trouxe benção não somente para sua vida, mas também para sua descendência (Leia Salmo 112.1-2). Deus constituiu aliança com Noé e com sua geração.

Neste momento, eu convido você a colocar sua vida diante de Deus. Sabemos que o resultado do nosso futuro se estabelece conforme o que plantamos no presente. Se nos igualarmos às pessoas nos dias Noé, Jesus voltará e ficaremos para trás. Mas se formos como Noé, homens e mulheres que andam com Deus, firmaremos uma aliança com Senhor e não seremos confundidos na consumação do século.

Desperte! Não esteja desapercebido aos sinais do tempo (Mateus 24) para que não ocorra que o Filho de Homem volte na hora em que não cuidais.

Mateus 24.44 “Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis”.

Que esta pessoa não seja você, em nome de Jesus.